terça-feira, 19 de janeiro de 2016

                                              “   A   P  O  L  O  G  I  A “


                                                   (de Evandro de A.Bastos)
                                                            07/04/2009



A palavra apologia, pelo dicionário, quer dizer: “fazer discurso para elogiar ou defender alguém”. Neste governo esta palavra, apologia, tem sido, pela sua natureza, muito empregada, pelo seu conceito, em diversos atos e ações do presidente Lula.
De vez em quando surgem outros premiados. Mas quanto ao delegado federal Protógenes a apologia passa distante de si e, “sem querer”, alcança o prestigiado Daniel Dantas.
A senhora Dilma, chefe da Casa Civil é muito agraciada pelo presidente Lula e por outras pessoas de seu convívio íntimo e particular. E será porque razão? Por ter sido uma “guerrilheira”?
Não condeno tal senhora pelo que fizera no passado, pois sou um “anistiado, por antecedência”, pelo que possa um dia não resolver ou pensar em não condenar seus atos, pois a Lei de Anistia, muito genérica para o meu gosto, assim a excluiu de todas as ações e atos de natureza política criminosa, contrários ao poder e à C.F. da época.           
Mas ser elogiada por elementos que à época da Ditadura eram oficiais do Exército, como o capitão Mauricio Lopes Lima, integrante da chamada Operação Bandeirante, como declarou à Folha, que Dilma de codinome Luiza “... era realmente boa guerrilheira?”.  
Ora... A apologia assim satisfeita pelo referido militar, que hoje está na reserva, é, segundo o que podemos observar e entender, uma ocorrência delituosa e, portanto, crime, eis que pela Lei Penal a apologia significa “fazer, publicamente,  apologia de fato criminoso  ou de autor de crime .”
Entretanto, não se pode assim considerar, à vista de que a Lei de Anistia excluiu de crime e de todas as responsabilidades àqueles que participaram como revoltosos ao regime vigente à época.
 Mas penso, ainda, que o referido oficial não poderia, assim mesmo, tecer tais comentários pela fidelidade aos serviços prestados à Ditadura e ao seu próprio Exercito, eis que, se ainda estivesse na ativa, evidentemente que sofreria aborrecimentos por tais manifestos.
Elogiar, enaltecer e fornecer e dar opinião sobre a qualidade, atributos e ou capacidade de alguém que se fez guerrilheiro, bandoleiro e assaltante de bancos e, ainda, que se fez descumpridor da Ordem vigente e Constitucional é, ao meu ver e entendimento que - pelo estudo  da Ciência Criminal -  se  compreende que  aquele que assim  se manifesta ou tem comprometimento ou está inclinado a tê-lo.
Fazer apologia sobre fatos que culminaram pela ilegalidade não é muito salutar e causa sérios problemas para quem a apresenta.
. Como o referido capitão do exercito acima mencionado, fui também um agente do governo da Ditadura, entretanto, não me coube nenhuma atividade de torturas ou maus tratos às pessoas que por mim foram indiciadas, segundo a Lei vigente.
Não é meu feitio, embora na vivencia da terceira idade, comentar fatos ocorridos durante a repressão militar. Fora, evidentemente, uma trágica ocorrência que além de ter assistido, estive bastante presente, muito embora não  tenha assistido a quaisquer atos de torturas , por impossibilidade física.
Lamento, por outro lado, que algumas pessoas ligadas à rebelião foram traídas, covardemente, por elementos dessa mesma revolta. Assim aconteceu com o chamado capitão Lamarca, traído por colega de sua união e levado à morte.
Na última eleição presidencial não votei nem em Lula nem em outro qualquer candidato por entender que todos os concorrentes eram “farinha do mesmo saco” ou ligados a partidos sem expressão pelo que deixou de fazer e pelo que de errado fizera valer.
Creio que outro e qualquer candidato ou governante não teria capacidade ou vontade de bem fazer, pois o sucesso de todo governante depende, essencialmente, de combinações, facilitações e barganhas com toda a classe política, como o fora com a “taxação” dos servidores inativos e de outras ações.
Acredito no que penso e penso que Lula não deixará tão cedo este governo e aí está o Congresso Nacional para a realização de “acordos”.
Dilma, assim penso, não faria e não fará  nenhum bom  governo, mesmo que fosse estadual. Entre ela e outros, ainda é Lula que, com seu jeito de cara mansa e por não ter sido guerrilheiro que melhor tenta levar o Brasil a um  estado de desordem politica e constitucional.
 A corrupção é a essência e o espírito de grande parte de governos para que seus atos, mesmos impróprios e inconstitucionais, alcancem algum proveito. É, pois, o modo de vida em que a Democracia se apresenta fracassada pela ganância do poder e das oportunidades estranhas que esse mesmo poder facilita e oferece.   
Reconheço que a Ditadura teria que ser empregada, como da mesma forma fora entendida pelo saudoso Ulisses Guimarães e que ao lado dela, ou seja, paralelamente, com as suas qualidades e postura democrática, ali esteve para ajudar e acompanhar  os asilados, como conseqüência do entendimento do poder autoritário,  e porque não dizer,  também, proteger os banidos do país em seus novos territórios.
Não vejo o senhor Lula como bom presidente, mas entendo que no Brasil outros estiveram muito pior. O governo FHC e outros civis que o antecedera, repito, não foram melhores .
Durante todo o tempo da Ditadura à ela estive empregado, seja  executando os Serviços de Policia Marítima, Aérea e de Fronteiras, seja, no combate à criminalidade internacional.
Em várias oportunidades, sob a ordem da Procuradoria Militar e da Justiça Militar, presidi a inquéritos policiais militar e de Crimes contra a Imprensa. Todos, porém, foram muito bem ilustrados, sem coações ou torturas, pois minha conduta e personalidade  não comunga com violências, nem tão pouco com os “mandos” de quem assim  tem poder.
Confesso que , como muito bem tenho feito,  que jamais tive simpatia ou relação com qualquer partido político.
 Minha vida profissional, iniciada na militar e atingida após alguns anos à Policia Federal, culminando pela aposentaria, ainda no governo da ditadura militar, me fortaleceu de glórias pela manutenção de minha personalidade positiva, bastante capaz de não distorcer os caminhos adequados, justos e humanos  pelos quais caminhei desde a concepção de minha vida.
Assim, Fora, evidentemente, uma carreira de bons e merecidos trabalhos, em todo o âmbito e área, não só do próprio órgão policial, como autoridade policial judiciária, para a PGR/MPF, Justiça Federal e Justiça Militar., finalizando , pois,  na chefia da grandiosa instituição nacional e internacional, ou seja a Interpol.  
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