“ A P
O L O
G I A “
(de Evandro de A.Bastos)
07/04/2009
A palavra
apologia, pelo dicionário, quer dizer: “fazer discurso para elogiar ou defender
alguém”. Neste governo esta palavra, apologia, tem sido, pela sua natureza,
muito empregada, pelo seu conceito, em diversos atos e ações do presidente
Lula.
De vez em
quando surgem outros premiados. Mas quanto ao delegado federal Protógenes a
apologia passa distante de si e, “sem querer”, alcança o prestigiado Daniel
Dantas.
A senhora Dilma,
chefe da Casa Civil é muito agraciada pelo presidente Lula e por outras pessoas
de seu convívio íntimo e particular. E será porque razão? Por ter sido uma
“guerrilheira”?
Não condeno
tal senhora pelo que fizera no passado, pois sou um “anistiado, por
antecedência”, pelo que possa um dia não resolver ou pensar em não condenar seus
atos, pois a Lei de Anistia, muito genérica para o meu gosto, assim a excluiu
de todas as ações e atos de natureza política criminosa, contrários ao poder e
à C.F. da época.
Mas ser
elogiada por elementos que à época da Ditadura eram oficiais do Exército, como
o capitão Mauricio Lopes Lima, integrante da chamada Operação Bandeirante, como
declarou à Folha, que Dilma de codinome Luiza “... era realmente boa guerrilheira?”.
Ora... A
apologia assim satisfeita pelo referido militar, que hoje está na reserva, é,
segundo o que podemos observar e entender, uma ocorrência delituosa e,
portanto, crime, eis que pela Lei Penal a apologia significa “fazer,
publicamente, apologia de fato
criminoso ou de autor de crime .”
Entretanto,
não se pode assim considerar, à vista de que a Lei de Anistia excluiu de crime
e de todas as responsabilidades àqueles que participaram como revoltosos ao
regime vigente à época.
Mas penso, ainda, que o referido oficial não poderia,
assim mesmo, tecer tais comentários pela fidelidade aos serviços prestados à
Ditadura e ao seu próprio Exercito, eis que, se ainda estivesse na ativa,
evidentemente que sofreria aborrecimentos por tais manifestos.
Elogiar,
enaltecer e fornecer e dar opinião sobre a qualidade, atributos e ou capacidade
de alguém que se fez guerrilheiro, bandoleiro e assaltante de bancos e, ainda,
que se fez descumpridor da Ordem vigente e Constitucional é, ao meu ver e
entendimento que - pelo estudo da
Ciência Criminal - se compreende que aquele que assim se manifesta ou tem comprometimento ou está
inclinado a tê-lo.
Fazer apologia
sobre fatos que culminaram pela ilegalidade não é muito salutar e causa sérios
problemas para quem a apresenta.
. Como o
referido capitão do exercito acima mencionado, fui também um agente do governo
da Ditadura, entretanto, não me coube nenhuma atividade de torturas ou maus
tratos às pessoas que por mim foram indiciadas, segundo a Lei vigente.
Não é meu
feitio, embora na vivencia da terceira idade, comentar fatos ocorridos durante
a repressão militar. Fora, evidentemente, uma trágica ocorrência que além de
ter assistido, estive bastante presente, muito embora não tenha assistido a quaisquer atos de torturas ,
por impossibilidade física.
Lamento, por
outro lado, que algumas pessoas ligadas à rebelião foram traídas, covardemente,
por elementos dessa mesma revolta. Assim aconteceu com o chamado capitão
Lamarca, traído por colega de sua união e levado à morte.
Na última
eleição presidencial não votei nem em Lula nem em outro qualquer candidato por
entender que todos os concorrentes eram “farinha do mesmo saco” ou ligados a
partidos sem expressão pelo que deixou de fazer e pelo que de errado fizera
valer.
Creio que
outro e qualquer candidato ou governante não teria capacidade ou vontade de bem
fazer, pois o sucesso de todo governante depende, essencialmente, de
combinações, facilitações e barganhas com toda a classe política, como o fora
com a “taxação” dos servidores inativos e de outras ações.
Acredito no
que penso e penso que Lula não deixará tão cedo este governo e aí está o
Congresso Nacional para a realização de “acordos”.
Dilma, assim
penso, não faria e não fará nenhum
bom governo, mesmo que fosse estadual.
Entre ela e outros, ainda é Lula que, com seu jeito de cara mansa e por não ter
sido guerrilheiro que melhor tenta levar o Brasil a um estado de desordem politica e constitucional.
A corrupção é a essência e o espírito de
grande parte de governos para que seus atos, mesmos impróprios e
inconstitucionais, alcancem algum proveito. É, pois, o modo de vida em que a
Democracia se apresenta fracassada pela ganância do poder e das oportunidades estranhas
que esse mesmo poder facilita e oferece.
Reconheço que a
Ditadura teria que ser empregada, como da mesma forma fora entendida pelo
saudoso Ulisses Guimarães e que ao lado dela, ou seja, paralelamente, com as
suas qualidades e postura democrática, ali esteve para ajudar e acompanhar os asilados, como conseqüência do
entendimento do poder autoritário, e
porque não dizer, também, proteger os
banidos do país em seus novos territórios.
Não vejo o
senhor Lula como bom presidente, mas entendo que no Brasil outros estiveram
muito pior. O governo FHC e outros civis que o antecedera, repito, não foram
melhores .
Durante todo o
tempo da Ditadura à ela estive empregado, seja
executando os Serviços de Policia Marítima, Aérea e de Fronteiras, seja,
no combate à criminalidade internacional.
Em várias
oportunidades, sob a ordem da Procuradoria Militar e da Justiça Militar,
presidi a inquéritos policiais militar e de Crimes contra a Imprensa. Todos,
porém, foram muito bem ilustrados, sem coações ou torturas, pois minha conduta
e personalidade não comunga com
violências, nem tão pouco com os “mandos” de quem assim tem poder.
Confesso que ,
como muito bem tenho feito, que jamais
tive simpatia ou relação com qualquer partido político.
Minha vida profissional, iniciada na militar e
atingida após alguns anos à Policia Federal, culminando pela aposentaria, ainda
no governo da ditadura militar, me fortaleceu de glórias pela manutenção de
minha personalidade positiva, bastante capaz de não distorcer os caminhos
adequados, justos e humanos pelos quais
caminhei desde a concepção de minha vida.
Assim, Fora,
evidentemente, uma carreira de bons e merecidos trabalhos, em todo o âmbito e
área, não só do próprio órgão policial, como autoridade policial judiciária, para
a PGR/MPF, Justiça Federal e Justiça Militar., finalizando , pois, na chefia da grandiosa instituição nacional e
internacional, ou seja a Interpol.
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