Ontem...
Ontem bem cedo, descansado e descontraído das tarefas do dia-a-dia, levantei de minha cama e fui sentar na poltrona de minha varanda. O Sol, este magnífico gigante da claridade, estava para surgir, e logo dentro de instantes, devagarzinho e silencioso, iria cobrir de luz e brilho o Céu... E de cores variadas as nuvens, dando-lhe, assim, pelas formas e desenhos com que se alinham e se apresentam, belos e esplêndidos coloridos multicores, que o pintor não consegue obrar.
Vi e senti, em minha imaginação, representada por uma doce alegoria, que a vida, pelo seu modo particular de existir, tem na sua essência o poder fecundante do amor que todos nós podemos alcançar.
Deixando de olhar para o alto, voltei meus olhos para o jardim de minha esposa, construído e tratado somente por ela, e percorrendo imaginações, que meu cérebro induzia, pelo cenário antes admirado, comecei a navegar por caminhos que me levariam a mostrar explicações sobre a beleza irradiada pelas vegetações ali existentes.
Percebi que os raios solares, de pouca intensidade elevando-se gradativamente, se abriam dando brilhos suaves sobre as gotículas de orvalho, presentes nas pétalas de rosas e de tantas outras flores e folhas, que durante a madrugada se deixaram levemente tocá-las e ali permanecerem, para proteger suas aparências e não se perdessem quanto as suas originalidades e beleza...
Borboletas, abelhas, pássaros e beja-flores (de natureza fecundador) banhados pela luz do amanhecer, se faziam presentes tocando-as levemente como ato natural da fecundação.
E, assim, representar ou mesmo qualificar, como magia, o amor e a vida, tão bem cultivados e alimentado por quem, do mesmo modo, porém de natureza diversa, também tem o poder de conceber o amor e a vida.
16/06/2014
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