quinta-feira, 15 de agosto de 2013



Senhores, na matéria anterior referente ao glorioso 7 de setembro, dissera que, oportunamente, aqui estaria para lembrar fatos históricos sobre  exemplos de fidelidade marcados, admiravelmente, por aviadores militares, em 1995, por não aceitarem ordem do governo brasileiro para bombardear, com seus aviões de guerra,  o Estado de São Paulo, bem como o  do  Rio de Janeiro. E... assim, muito embora reconhecendo ser o comentário um pouco longo,realizado em 28/11/2011 e postado na coluna do ex- site votebrasil.com. passo  a considerar, neste momento, tão somente fatos e atos  verificados durante a candidatura de Juscelino Kubitschek a presidência da República em 1955, pelo que assim ofereço aos senhores e aos jovens de hoje como ocorrências que  talvez não tenha sido   muito bem informadas ou conhecidas, pelo que revela a matéria  intitulada Um Brasil que ainda pode caminhar  pela dignidade humana, assim disposto como manifesto  Em assim sendo, fatos verificados, não só por todos os movimentos  que surgiram ao longo do tempo de nossa Republica , entre os quais é de suma importancia lembrar os verificados em 1955, pelo que merecem ser conhecidos pela tragédia mostruosa e desumana,   com que o presidente interino  da República Carlos Luz e aliados militares e civis usaram para impedir que Juscelino  Kubitschek  tomasse posse como presidente eleito. Usando de meios não favoráveis  a seu intento, determinou ao major aviador da FAB, Renato Goulart Pereira, piloto líder do Segundo Esquadrão de Caça. do Primeiro Grupo de Aviação , da Base Aérea de Santa Cruz, Rio de Janeiro, herói da Segunda Guerra Mundial que com os seus 18 (dezoito) aviões F8 a jato, da Gloster Meteors  bombardeasse o Estado de São Paulo e consequentemente ao capitão paraquedista apelidado de "macaco" fizesse o mesmo com o Rio de Janeiro bombardeando, de imediato, a Usina do Gasônico Mas...ambos militares- Renato Goulart Pereira e "macaco" paraquedista desobedeceram a cruel ordem de seu presidente e fora,m presos imediatamente. É evidente  que nossas forças armadas  são um dos patrimônios mais perfeitos na hierarquia e disciplina, mas a identidade e personalidade de seus homens são voltadas  exclusivamente para a obediencia  ao Estado e não aos governos impostores. Conheci e convivi com o  herói major Renato Goulart, na Base Aérea de Santa Cruz, Rio de Janeiro, durante os anos de 1964/1965. Estava eu prestando meu serviço militar, no Primeiro Grupo de Aviação de Caça, no segundo Esquadrão. Em junho de 1964, fui convidado pelo mesmo a treoinar basquetebol na quadra da Base Aérea. Major Goulart era um bom profissional e se ainda me recordo jogava no time do Botafogo. Não conhecí sua esposa nem filhos. Não me recordo, da mesma forma, se era em Copacabana ou Ipanema que ele residia.  Confesso , muito embora  respeitando a hierarquia eramos bons amigos. Certa vez em final de 1955, se não me falha a memória, ao comparecer a quadra de esporte para bater bola alí encontrei o amigo e superior sentado no banco e sem o uniforme de física, vestido, portanto , com seu fardamento oficial. Sentei a seu lado e ele botando o braço em meu ombro disse; "Garoto... não jogo bombas em brasileiros", levantando-se e me entregando as chaves do jipe mandou que eu o recolhesse a garagem  e dizendo: "não vim treinar, vim ver voce, adeus".   Daí por diante não ví mais o amigo.Pensei que o mesmo estivesse enfermo  e afastado da vida militar por sequelas advindas dos horrores das batalhas aérea de que  participara, pois  as suas palavras de que não joga bombas em brasileiros assim me levou a pensar. Diziam, por outro lado, que ele tinha sido preso e ele  estava preso no Estado Maior. Em 1958 deixei a vida militar  com muitas saudades e bem disciplinado e pronto para enfrentamento da vida civil. as dúvidas e incertezas sobre o porquê de que não mataria brasileiros permaneceram por longos anos e só me foram conhecidas e reveladas, casualmente,  após o seu falecimento em 2007, aos oitenta e quatro anos de idade.  Antes, porém, em  1963, já pertencendo a policia federal, ao embarcar no avião Hércules  com destino ao Rio de Janeiro, no momento em que subia as suas escadas, subitamente ouvi um assobio que me parecia muito familiar e ao olhar para o lado esquerdo, da pista, a uns 50 metros de distância, um homem me acenava levando suas mãos ao peito como expressão, talvez,  em me dizer que gosto de você ou fora bom te ver. Para a minha gandioza e feliz surpresa era o poderoso herói da Guerra, coronel aviador Renato Goulart Pereira , salvador e herói também de um atentado  sangrento contra a população do Estado de São Paulo, mandado pelo presidente da Republica Carlos Luz e que não fora cumprido  pelo mesmo militar. Fora, evidentemente, um momento de alegria e prazer ao ver que aquele herói era  vivo  em  minha puberdade, diferentemente dos demais, como o fantasma batman e outros  e, imediatamente,  levando uma respeitável e honrosa  continência,  tocando a fonte de meu crânio, ao que me respondera  da mesma maneira como honra e agradecimento tal qual dizia ser uma grandiosa honra. Entrei na aeronave com o coração festivo e feliz por ver meu amigo, meu senhor e herói de um passado de glória que deve ser sempre lembrado no presente e no futuro No momento da decolagem  senti e recordei  as  aventuras e lutas por ele realizadas durante a Guerra. A medida em que o avião levantava da pista para alcançar alturas recordei também a grandiosa experiência de ter voado com ele,  a seu convite,  num Jato F7- prefixo 4427, alcançando alturas e velocidades jamais imagináveis e sentido a sensação de um mergulho violento, sobre a Restinga da Marambaia, próprio de um combate ao inimigo ou a alvo desejado e necessário.   

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