- 03/09/2017-
A democracia no Brasil sempre fora preocupação compulsiva de nossas Fôrças Armadas. E aí elas estão para garantir a soberania nacional e territorial, com o objetivo principal de zelar pela Constituição federal, base legítima de um Estado de Direito.
A República, caída do céu, muito pouco tivera como objetivo positivo fazer do Estado de Direito uma organização aos moldes do que a Constituição Federal representa e determina.
Entraves e ocorrências de toda sorte e espécies muito contribuíram para que os governos, principalmente os iniciais à República, se envolvessem em fatos danosos, sejam pelo poder , para garantir-lhes a permanência no comando da Nação, como satisfação egoísta e voltada pela alimentação a que seus cérebros ensejavam, ou sejam, de forma a retirar de seus caminhos a integração da democracia como raiz e alicerce principal a que a Constituição Federal estabelece.
Motins e revoltas armadas não faltaram aos comandos de indesejáveis guerrilheiros, como da mesma forma e maneira a governantes , levadas por ocasião de invasões criteriosas , como ideológicas e porque não se dizer, de comunistas.
Nesta coluna há comentários sobre alguns tumultos verificados, inclusive entre as Forças Armadas, hoje desconhecidos por muitos.
A ditadura civil de GetúlioVargas, a meu ver e estudos realizados, pelo interesses legítimo de ter sido iniciada no ano em que nasci- 1937- e porque fora o ano em que a Alemanha entrara em guerra mundial , abrindo, assim, a segunda grandiosa guerra, , tendo o Brasil a aderido em 1941, fora um governo diferenciado do que representou a ditadura militar de 1964
Diferenciado, porém extravagante a vista do que Getúlio Vargas se fazia presente pelo que a grandiosa guerra poderia apresentar para o futuro do Brasil, assim mesmo, se fizera presente na continuação do totalitarismo,por mais algum tempo.
Diferenciado, ainda continuo, porque no governo ditatorial de Getúlio a grandiosa maioria do Povo passara fome, sem empregos, e,os trabalhadores que permaneciam em atividades passavam meses sem receber salários e,sim, alguns vales de compra fornecidos pelo governo.
A coleta de garrafas de vidros, latas, papéis e coisas descartáveis era recolhida para ser transformada em coisas úteis como contribuição ao que se podia sustentar , ou seja, para ser transformada em coisas úteis, como contribuição ao que se podia sustentar .
As fábricas eram obrigadas a funcionar vinte e quatro horas por dia e seus produtos, na maioria, eram recolhidos pelo governo para a contribuição nos gastos com a guerra.
Gasolina, óleos minerais, graxas, etc. e derivados de petróleo não entravam , normalmente, no Brasil, pois tudo era dirigido ao Teatro das Operações de Guerra na Europa. A gasolina fora substituída por um modelo denominado gasogênio, ou coisa assim parecida, que consistia em um aparelho de mais ou menos um metro cúbico, acoplado ao automóvel, caminhão e ônibus, movimentado por carvão mineral.
Notadamente o preço para tal emprego deixava proprietários de veículos a não se comprometer e assim abandonar seus veículos.
Mas ... a Ditadura Militar de 1964, a meu ver, fora cautelosa e bem satisfatória ao o povo, não deixando lhes faltar nada, não sequestrando ou parcelando salários e não deixando trabalhadores sem empregos ou dispensando-os.
É evidente que , por um período de cerca de dois anos, o preço da gasolina subia diariamente. Entretanto, não por conta do governo e sim pelo problema Mundial ocasionado pelas indústrias petrolífera fornecedoras.
Merece, pois, atenção que a inflação, durante o império militar jamais ultrapassara ao índice de 5% ao mês. A caderneta de poupança chegava em tono de 2,5% ao mês. O cartão de crédito em 2%. E... finalmente nos primeiros dias de o mes de dezembro o governo militar dava ao salário mínimo e aos servidores públicos um aumento de 80 %,. E.. tudo se mantinha favoravelmente ao bem publico e particular.
A Ditadura militar não deixou dívidas no exterior superior a 25 % do que fora registrado quando se retirara , convenientemente, do governo, para dar correspondência ao estabelecido pela Lei de Anistia Politica e, que, passara para a pretendida estabilização política, assim esperada pelas Forças Armadas e Congresso Nacional.
Lamentavelmente, logo da entrada em vigor da Lei Anistiadora, a grandiosa parte de governadores de Estados fora aos bancos estrangeiros, FMI e outros em busca de valorosos empréstimos. Da mesma forma e maneira, todos os presidentes do após ditadura militar se comprometeram em dívidas volumosas , junto aos bancos no Exterior, enfraquecendo, assim, o nosso tesouro Nacional.
Hoje, aí está o Brasil se não no fundo de poço mas certo de que os governantes que por aquí passaram , bem como, os que se habilitarem ao Poder não serão diferentes dos demais que surgirão, eis que o Homem, por sí só, e por ser civil e não militarizado não tem o "dom" e uma personalidade positiva, dirigida por um Estatuto de conduta ,que o faz e o nomeia como justo e fiel à Pátria, merecendo, pois, as Fôrças Armadas, ao contrário do que cabe ao STF., ser, efetivamente, a " Guardião da Carta Magna".
Lamentavelmente, o STF está contaminado por diferenças de posições, interesses egoístas, corruptivos, tornando o campo do judiciário um espetáculo de contradições e de interesses estranhos a Lei e o Ordem juridica e Constitucional.
Nesta oportunidade, ainda, Reconheço , na qualidade de ser reservista da FAB e de outras qualidades já manifestadas que As Fôrças Armadas, de HOJE, devem mostrar a HISTORIA que a Lei de Anistia Politica ,muito bem querida , justa e perfeita ,oferecida pelo PODER absoluto Militar, em sua primeira ditadura vitoriosa - pelo que livrara o Brasil da corrente suja e amarga do comunismo - deve ser lembrada pelo primeiro som do clarinete ao tocar às 06 horas, a ALVORADA, do dia 7 de setembro.
Tenho a certeza de que o primeiro toque do dia 7 de setembro da Alvorada haverá de tornar o último toque, de "silêncio", - do mesmo dia- mais confortante, belo e profundamente carinhoso, para que o sono revele sonhos mágicos, confortantes e merecidos aos que estiverem presentes.
Aos oitenta anos de idade aqui estou bem disposto e merecedor de uma vida bem vivida e honrada, pelo que a minha personalidade positiva muito tem a dizer e , em minha longa aposentadoria, escrevendo como escritor e jornalista e orgulhoso de ter sido, na Policia Federal, uma autoridade ´policial judiciária, competente, sejam pelos trabalhos judiciais levados às Justiças Federal e Militar durante a ditadura militar de 1964, com fidelidade à C.F e ao Estado de Direito.
E de tudo isso, em minha vida profissional e física tenho que agradecer, com muito respeito e orgulho de ter iniciado o Serviço Militar em 1954 - aos 17 anos de idade- durante , ainda, a minha puberdade, pelo que a sociologia existente e empregada nas Armas Militares , através de seus Regulamentos e de Disciplina militar me elevou a um grau máximo de riquezas, capazes e dotadas de um espírito de perfeito cidadão para todos os atos que a vida possui ou venha a surgir.
Assim sendo, não poderia deixar de apresentar esta matéria sem sustentá-la pela admiração e respeito que tenho pelo PODER MILITAR, haja vista que o serviço militar, na FAB - Base Aérea de Santa Cruz e Hospital Central da Aeronáutica- Rio de Janeiro me proporcionara conhecer , admirar e ter amizade com vários combatentes , pilotos de caças,etc heróis da segunda Guerra Mundial.
Entre os militares, pilotos combatentes de caças, tenho em memória o saudoso Coronel aviador Renato Goulart Pereira, a quem referì em matéria desta coluna , postada em 28 de novembro de 2011, sob o título : Um Brasil que ainda pode caminhar pela Dignidade Humana. Pelo que, adiante,outros faço anexar o referido manifesto , informando, ainda, no mesmo trabalho, alguns manifestos, como motins, etc. surgidos no Brasil.
Considerando que venha a ser um pouco longo o apresentado, mesmo assim, acredito que vale a pena conhecê-lo, pois muito embora exista registrado na História da República, assim o apresento em homenagem e agradecimento a todos que me seguem. Respeitosamente, Evandro de Andrade Bastos.(evandroabastos@gmail.com)
///paz///
Brasília, 28 de novembro de 2011
Aos oitenta anos de idade aqui estou bem disposto e merecedor de uma vida bem vivida e honrada, pelo que a minha personalidade positiva muito tem a dizer e , em minha longa aposentadoria, escrevendo como escritor e jornalista e orgulhoso de ter sido, na Policia Federal, uma autoridade ´policial judiciária, competente, sejam pelos trabalhos judiciais levados às Justiças Federal e Militar durante a ditadura militar de 1964, com fidelidade à C.F e ao Estado de Direito.
E de tudo isso, em minha vida profissional e física tenho que agradecer, com muito respeito e orgulho de ter iniciado o Serviço Militar em 1954 - aos 17 anos de idade- durante , ainda, a minha puberdade, pelo que a sociologia existente e empregada nas Armas Militares , através de seus Regulamentos e de Disciplina militar me elevou a um grau máximo de riquezas, capazes e dotadas de um espírito de perfeito cidadão para todos os atos que a vida possui ou venha a surgir.
Assim sendo, não poderia deixar de apresentar esta matéria sem sustentá-la pela admiração e respeito que tenho pelo PODER MILITAR, haja vista que o serviço militar, na FAB - Base Aérea de Santa Cruz e Hospital Central da Aeronáutica- Rio de Janeiro me proporcionara conhecer , admirar e ter amizade com vários combatentes , pilotos de caças,etc heróis da segunda Guerra Mundial.
Entre os militares, pilotos combatentes de caças, tenho em memória o saudoso Coronel aviador Renato Goulart Pereira, a quem referì em matéria desta coluna , postada em 28 de novembro de 2011, sob o título : Um Brasil que ainda pode caminhar pela Dignidade Humana. Pelo que, adiante,outros faço anexar o referido manifesto , informando, ainda, no mesmo trabalho, alguns manifestos, como motins, etc. surgidos no Brasil.
Considerando que venha a ser um pouco longo o apresentado, mesmo assim, acredito que vale a pena conhecê-lo, pois muito embora exista registrado na História da República, assim o apresento em homenagem e agradecimento a todos que me seguem. Respeitosamente, Evandro de Andrade Bastos.(evandroabastos@gmail.com)
///paz///
Brasília, 28 de novembro de 2011
Um
Brasil que ainda pode caminhar pela Dignidade Humana
-
Manifesto Consciente-
Na
Grande História de nosso Brasil, processada e registrada pelos grandes males
ocorridos na vida política, ocorrências desastrosas provocadas por governantes
e por grupos diversos, como rebeliões, guerras, excesso de poderes, corrupções,
etc. surgiram e ainda surgem, como fomentação de poderes autoritários, tiranos
e outros, desprovidos, portanto, de identidade legitima, inerente à natureza
humana.
Levando
em consideração, e assim por se entender, que desde o nascimento da República
vem o Brasil, sistematicamente, de forma abusiva e inconstitucional, balançado
por inquietações de grupos descontentes com o regime estatal vigente, ou mesmo
por interesses voltados a tirania para satisfação de tentar colocar o Estado
sob o domínio de suas sanhas indesejáveis e desumanas, não se firmando,
portanto, como uma democracia positiva e sim diferentemente da Constituição
Federal, pelo que está orientada e disciplinada para o justo e perfeito
ordenamento de políticas públicas e privadas.
É
oportuno lembrar que este Brasil ainda não encontrou a Paz para que o Estado
possa dar e oferecer à Nação, e assim nem a graça de uma segurança adequada,
necessária e merecida.
A
causa de assim ocorrer muito bem está demonstrada pela falta de interesse
legítimo dos governantes, a vista de que a única capacidade de governar está
dirigida para interesses próprios de vaidade e estranhos ao território do poder
verdadeiro do querer e de se manter, pela doentia obsessão, de poder governar,
de modo totalitário, porque, assim, se
distinguirá orgulhoso de ter as pessoas em suas próprias mãos, manobrando-as de
maneira contrária aos princípios da moralidade, através da prevaricação,
levada, consequentemente, por correntes
corruptivas.
Necessariamente,
também, para a devida ilustração do apresentado e disposto na História Política,
faço lembrar que desde o Período Republicano de 1893 até os dias atuais, ou
melhor, até 1978 vários movimentos como: revoltas armadas, rebeliões, guerras,
greve operaria, revoluções, etc. surgiram no decorrer de cerca de 85 anos.
É
surpreendente verificar que, em sua grande maioria, tais ocorrências foram
responsáveis pela morte de milhares de pessoas, assim registrada:
A
Revolta da Chibata, verificada em 1910, por exemplo, na qual o marechal Hermes
da Fonseca ordenou o bombardeio aos portos de Manaus e de Salvador, fora
responsável pelo assassinato de centenas de marinheiros e pessoas e outros
tanto expulsos e presos;
A
Revolução Federalista de 1893/1895 teve ocorrências sangrentas, pelas lutas
armadas no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná,
registrando cerca de doze mil mortos e tinha caráter revanchismo aplicando,
pois, ações de degolas.
A
Guerra dos Canudos, 1896, como confronto entre o Exército e um movimento de
fundo religioso, em Canudos/Bahia, fez o Exercito degolar mais de vinte e cinco
mil presos, velhos, mulheres e crianças, como execução sumária.
Outras
ocorrências tenebrosas marcaram a certeza de que o Brasil vive em eterno
conflito, por exemplo: A Revolta da Vacina, de 1904; Guerra do Contestado,
1912; Sediação de Juazeiro, 1914; Greve Operária, 1917; Revolta dos 18 do Forte
de Copacabana/RJ em 1927; outras, em numero de três, na Era Vargas; Levante
Integralista, 1938; Guerrilha do Caparaó, 1967; e do Araguaia 1967/1974, como
consequência do Episódio de 1964 –pela ditadura militar.
Todos
os atos e ações necessários à vida nacional muito bem estão definidos,
democraticamente, na CF como natural de uma democracia positiva, civilizada e
competente, não sendo admitido motivação pessoal de se fazer cumprir algo que
venha a dar interpretações novas ou diversas, do que está determinado, sob pena
de gerar uma inconstitucionalidade e abrir caminhos para subversão e
autoritarismo e, porque não dizer: descontentamento e infelicidade do povo,
levado e gerado por governos alheios ao bem estar da Nação.
Inúmeras
ocorrências, pelo que algumas em nada possuíam de sentido político democrático
e sim de autoritarismo, exercido ou pretendido, marcaram a minha atenção, para
que, após alguns anos decorridos, fossem compreendidas como extravagantes,
hipócritas, autoritárias e desumanas.
Penso
de tal maneira, por entender e verificar, que em nada de bom ou de melhor, ou
mesmo conveniente, nenhum desses movimentos apresentaram, ou mesmo possam vir a
apresentar, um modelo perfeito de democracia, simplesmente por que os
“litigantes” não estavam voltados ou mesmo preparados, como muito bem acontece,
para uma política positiva e sim para os seus íntimos delírios de ignorância e
de autoritarismo, como salientei anteriormente.
Talvez,
assim penso, e acredito no que penso, que tais barbaridades desumanas, possam,
por outro lado, ainda servirem como recursos e postas em prática, para em
qualquer tempo e lugar, satisfazerem aos instintos desumanos e diabólicos de um
poder, ou poderes, que pela total incapacidade de não saber governar uma Nação
vem usar, covardemente, armas de destruição.
Em
assim sendo, fatos verificados, não só por todos os movimentos que surgiram ao
longo do tempo, entre os quais é de suma importância fazer lembrar os de 1955,
pelo que merecem ser conhecidos, pela tragédia monstruosa e desumana, com que
fora previsto o “golpe” tentado pelo presidente interino da República, Carlos
Luz, e alguns aliados militares e Civis, para impedir que Juscelino Kubitschek,
tomasse posse com presidente eleito.
Teria,
realmente, sido uma grandiosa ocorrência, monstruosa e desumana, tal quais as
verificadas e relacionadas acima, ou ainda, piores, caso o brilhante herói de
guerra, major Renato Goulart Pereira, piloto líder do Segundo Esquadrão de
Caça, do Primeiro Grupo de Aviação, da Base Aérea de Santa Cruz, do Rio de
Janeiro, tivesse obedecido às ordens de Carlos Luz para que bombardeasse o
Estado de São Paulo com os seus 18 aviões a jato F8, da Gloster Meteor.
Não
obedecendo ao seu superior, brigadeiro e presidente interino da República,
declarando ao mesmo, sob pena de ser preso, que “Não jogaria bombas em brasileiros”,
fora, consequentemente, colocado na reserva (aposentado) e levado,
obrigatoriamente, ao posto de coronel, interrompendo, pois, toda uma carreira
de luta e de glória e não alcançando, assim, a maior altura de sua trajetória
militar, como sempre alcançou nas alturas dos céus territoriais do Brasil, da
Europa e de outros continentes.
Tive
a grande satisfação e honra de conhecê-lo, quando prestava serviço militar na
Base Aérea de Santa Cruz, em 1954, no mesmo Esquadrão de Caça, ou seja, Segundo
do Primeiro Grupo de Aviação, onde o referido herói era piloto líder do grupo.
Por
ser jogador de basquete, ou tentava assim ser, fizemos uma relativa amizade,
não só pelos treinos, como por algumas lições, visto ser ele um bom
profissional, inclusive sobre fatos revelados e ações militares exercidas
durante a guerra.
A
convivência com o major Goulart, como aos demais oficiais aviadores que lutaram
na segunda grande Guerra e com relação aos mais novos que integravam as
esquadrilhas de caça a jato F7 e F8, não durou mais que dois anos, pois em 1956
fui mandado servir na Segurança do Hospital Central da Aeronáutica. No Rio de
Janeiro. E, em 1958, passei para a
reserva.
Mas
a minha ligação com o referido amigo e superior terminara em 1955, quando o
mesmo fora, segundo comentários, preso por não querer matar brasileiros.
Lembro,
todavia, que em outubro ou novembro de 1955,, na Base Aérea de Santa Cruz /RJ
ao ser informado de que o major Goulart estava na quadra de esportes ali me
dirigi, na esperança de fazermos treinos.
Sentado
a mesa da quadra, vestido de uniforme e não de roupa de esporte, ao
cumprimenta-lo declarou: “Garoto, gosto muito de você e muito queria vê-lo
habitado como aviador civil. Não me pergunte nada e saiba que não jogo bombas
em brasileiros.” E em seguida levantando- prestou-me uma rigorosa continência,
antes de assim fazê-la, como dever, e caminhando silenciosamente seguiu em
direção ao prédio de seu Comando.
Fiquei,
confesso preocupado e senti que o amigo e superior oficial poderia estaria
passando por problemas pessoais ou mesmo por momento de inquietação, causado
talvez, pelos abalos da guerra, como acontecera com um outro combatente amigo
seu.
Desde
aquele dia não tive noticias do mesmo. Comentários eram de que havia sido preso
por desrespeitar ordem superior.
As
dúvidas e incertezas sobre o porquê de que não mataria brasileiros,
permaneceram por alguns anos e só me foram reveladas, casualmente, após o seu
falecimento em 2007, aos oitenta e quatro anos de idade.
Naquele
ano de 1955 o Brasil estava passando por uma agitação política, tenebrosa por
conflitos, advindas por sequelas como herança do fascismo e do comunismo da Era
Vargas.
Antes,
durante e após a eleição presidencial (1995) todas as unidades militares
entraram em rigoroso estado de prontidão e na Base Aérea de Santa Cruz as
poderosas esquadrilhas F8 estavam devidamente abastecidas e prontas para a
defesa daquele território, visto que a intenção do general Lott – ministro do
Exercito, com o apoio maciço do PSD, era invadi-la, para assegurar a posse do
presidente eleito que estava, por conspiração, sendo impedida.
Pela
bravura do major Renato Goulart, portanto, de não obedecer aos comandos da
presidência, a Base Aérea abriu seus portões e o espaço aéreo e a normalidade
entre o Exercito e a Aeronáutica servira, pelo movimento militar, como satisfatória para
que O Congresso Nacional decretasse o impeachment de Carlos Luz, em 11/11/1955.
Em
toda a História de nossa República nenhum presidente, seja interino no cargo ou
pela posse legal, esteve no poder por quatro dias tão somente, como Carlos Luz
que ao assumir no dia 8 fora deposto no dia 11.
Em
janeiro de 1963, já residindo em Brasília e pertencendo a Policia Federal, ao
embarcar no avião com destino ao Rio de Janeiro, ouvi um assobio que me parecia
familiar e do alto da escada, a uns 50 metros de distancia, naquele pátio, um
homem me acenava levando suas mãos em seu peito, como que me dizer: gosto de
você ou foi bom te ver.
Para
a minha grande e feliz surpresa era o grande e poderoso herói de Guerra,
coronel aviador Renato Goulart Pereira e “salvador” de um atentado sangrento
contra a população do Estado de São Paulo, cogitado pela presidência da
República de 1955.
Fiquei,
evidentemente, emocionado por vê-lo após longos oito anos. E, do alto da
escada, prestei-lhe a minha honrada continência, ao que respondeu da mesma
maneira, como honra e agradecimento, como sempre dissera ser, uma grandiosa
honra.
Entrei
no avião, emocionado de alegria e já sentado, da janela, o vi caminhar em
direção a uma aeronave particular de pequeno porte. Fechei os olhos e meu
pensamento fora levado pela recordação feliz de meus momentos vividos na
poderosa Base Aérea, seja pelo trabalho e dever do dever, seja pela grata
satisfação de ter, naquele herói, o Herói vivo de minha adolescência.
No
momento da decolagem, com seus motores impulsionados para o voo, senti e
recordei o dia em que, a convite do referido major Goulart, voei com ele no
poderoso jato, F7 - 4427, alcançando alturas jamais imagináveis e sentido a
grande sensação de um mergulho violento, sobre a Restinga da Marambaia, próprio
de um combate ao inimigo ou a alvo pretendido.
Outro
herói, ou seja, o capitão paraquedista de nome Sergio, conhecido como “macaco”,
do Grupamento de Operações Táticas – PARASAR da mesma forma como procedera o
coronel Goulart , de não acatar as mesmas ordens de Carlos Luz para que
bombardeasse “O Gasômetro” do Rio de Janeiro , merece de nossa parte profundos
e sinceros agradecimentos, não só pela não ocorrência de tragédias queridas por
monstros obcecados pela maldade do querer do poder, como, também, por serem ,
ambos militares e dignos de suas próprias existência humana.
Ao
contrário, portanto, das atitudes tomadas pelos valorosos oficiais brasileiros,
na tentativa de golpe de 1955, os EUA durante a guerra, impiedosamente e
dolosamente, usou de sua força aérea para bombardear Nagasaki e Yrochima/ Japão,
através da poderosa “Bomba Atômica” exterminando, pois, milhares de vidas
humanas.
Os
efeitos causados pela arma mortal do “Tio Sam” até hoje perduram através de
sequelas e de surgimento de outros males degenerativos, naquele território e de
sua periferia.
Nossos
governos Civis devem entender que as nossas Forças Armadas (Exército, Marinha e
Aeronáutica) são a glória de um país verdadeiramente democrático. E, que, só na
vigência de uma democracia legitima e positiva heróis surgem, como forma de defendê-la e
honrá-la como obrigação patriótica e natural de portadores de mentes sadias e
honradas sob a proteção de Deus.
E
a democracia que hoje se diz existente, mas não
obedecida nos termos da C.F .não está sendo levado a sério e sim usada como “escudo”
para abusos e proveitos próprios auferidos pela
corrupção sistemática e progressiva, levando, assim, o país ao temor de um colapso institucional,
politico, jurídico e financeiro. .
No
mesmo sentido, direção e posicionamento, ainda penso que a bravura desses
Heróis, (piloto da FAB e oficial paraquedista), vieram, portanto, enaltecer de
glórias nossas Forças Armadas, pelo “dever patriota”, próprio de seus
respeitáveis integrantes e mostrar, pela disciplina moral , que o Estado assim
deve ser protegido, para a glória, também, de nossa Constituição Federal,
jurada e proclamada “sob a proteção de Deus”.
Desprezá-las
de modo estratégico, fingindo dar-lhes o
valor devido é sucateá-la, como forma de enfraquecer o Estado, pois em todos os
governos, inclusive os socialistas, como a Rússia e os demais países da
Ex-Cortina de Ferro, foram e são representados pelas suas poderosas armas.
Mas...
Voltado ao pensamento, pelo manifesto apresentado, aos princípios da legalidade
e não fazendo críticas, sobre qualquer aspecto deste ou de outro qualquer
governo, devo dizer que, enquanto perdurar a permanência de um Civil no Comando
do Ministério da Defesa o nosso Brasil caminhará desvalorizado como verdadeiro Estado de Direito e militarmente, como já se avizinha, pela
inércia consciente do próprio governo, provocada, pois, pela propositura de uma
Comissão da Verdade que, como está objetivada e endereçada pode trazer,
inegavelmente, ao Brasil, momentos de inquietação e novos holocaustos.
Ora
a Presidência da República tem merecidamente, a Honra de ser, pela Constituição
Federal - e não por simples indicação de
Associações ou de grupos solidários - o
Chefe Supremo das Forças Armadas.
Logo,
como tal, há que proporcionar-lhes sustentação adequada, eficiente e valorosa
através de comandos próprios, preparados, adequadamente, durante vários anos,
exclusivamente, para os fins militares e para a defesa da soberania nacional e
territorial.
Há
males que, pela sua natureza ou mesmo por deixarem sequelas de ódios, vem,
necessariamente, como interesses dos inconformados, provocar revanchismos
sangrentos e catastróficos.
O
caso que mais causou e ainda causa repugnância, diz respeito aos acontecimentos
verificados em nosso território como a Revolução Federalista (1893 a 1895), que
pela guerra civil estabelecida, em luta armada nas regiões do Rio Grande do
Sul, Santa Catarina e Paraná, fora usado como recurso, pelo poder, devido à
incapacidade das forças em combate, a execução sumaria da degola e da
castração, pelo que, ainda, as vitimas, durante as maneiras de torturas, eram
levadas a espetáculos de euforias, gozos e zombarias.
Devemos
recordar que a todo esse estado de barbarismo causado pelos movimentos
anteriores nenhum deles fora submetido, após seus efeitos, a qualquer espécie
de comissão da verdade.
Penso
que o nascimento de tal Comissão, embora não sustentável da maneira como irá
proceder, eis que o objetivo é nominar possíveis autores de torturas e leva-los
a julgamento, causará, evidentemente, descontentamento, pelo possível inverso
da medalha, eis que, no campo processual, ninguém pode ser processado sem
defesa prévia, e esta, provavelmente, apresentará provas de que o lado rebelde
e acusatório, fora o que primeiramente dera início a atentados e crimes
identificados, e, como tal, pela decência e norma jurídica, todos, se for o
caso, deverão ser julgados pelos crimes, também, cometidos.
Mas...
Como tudo é possível na terra do nunca e verificando, com certeza, de que o STF
de hoje, algumas vezes e oportunidades procura a contramão da verdade jurídica,
em criar e aceitar meios outros e contrários ao Dever Constitucional, não se
podendo acreditar, portanto, que através do poder que ostenta como guardião da
CF, vá usar e abusar de tal liberalidade constitucional para satisfação aos
interesses estranhos do Executivo.
Sabemos
que o governo atual herdou dos anteriores grandes e gravíssimos problemas, pelo
que, em muito, a corrupção se faz presente e que deverá (por inercia e
ociosidade) alcançar futuros governos.
Não
é fácil governar um Estado que tem na sua História problemas de longa duração,
principalmente quando a máquina administrativa do Estado (federal, estadual e
municipal) pela sua complexidade é levada, de acordo com o modelo atual, pela
fragilidade de um controle “descontrolado” e de não oferecer, assim, uma
efetiva segurança.
/////paz/////
Obs.: “A quem interessar ou nada saber sobre a “Operação Senta Pua”, que representa a Historia da Força Aérea Brasileira, na Segunda Guerra Mundial, poderá conhecê-la no site do mesmo nome: Senta Pua”. Obrigado, o autor.
Obs.: “A quem interessar ou nada saber sobre a “Operação Senta Pua”, que representa a Historia da Força Aérea Brasileira, na Segunda Guerra Mundial, poderá conhecê-la no site do mesmo nome: Senta Pua”. Obrigado, o autor.
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