DE VOLTA AO PASSADO
INESQUECÍVEL E SAUDOSO
-Evandro de Andrade Bastos
(comentário saudoso)
- 10/07/2017-
Um
dos mais emocionantes momentos de
que participei .aos quatro anos de idade
, em minha doce infância, aos quatro anos de idade, no ano de 1941, quando
o Brasil aderiu a luta contra a
Alemanha e Japão.
Minha família, descendente de italiano, francês e
português, na sua totalidade, havia
comparecido ao Cais do Porto do Rio de Janeiro para a despedida de soldados
convocados, pelo exercito, para integrarem
aos batalhões aliados de outros países, na guerra anunciada pela Alemanha, no ano de 1937, e, que se mantinha
como efetiva no cenário mundial.
Não me lembro em que mês e dia e
horas centenas de soldados embarcaram,
com destino a Europa . O momento fora
festivo, porém amargo e cruel para
os que iam a luta, como para a
família, pais, irmãos, esposas e filhos ainda menores . Estávamos,
todos – familiares -
concentrados, esperando que os
nossos soldado – familiares, etc subissem as escadas do navio. E enquanto isso lágrimas
e gritarias de pesares se espalhavam e
corriam ao sabor da brisa fria que o mar tristonho oferecia.
Como dissera acima aquele momento
fora festivo porque a gloriosa banda de musica do brilhante Corpo de Fuzileiro
Naval, tocava, a todo tempo, o Hino Nacional Brasileiro , como também, os hinos
das três Forças Armadas.
E as saudades de nossos entes
queridos e de alguns vizinhos e amigos
de nosso bairro tornavam-se festivas
quando se tinha noticias de
que todos estavam bem no teatro
da grande guerra. E melancólica, triste e amargurada quando o Exercito
brasileiro comunicava a família que o
seu soldado morrera em combate.
Sabe-se que, em muitas ocasiões,
o Exercito deixava de informar os óbitos as famílias por não se ter notícias,
seja por falta de provas de morte
ou mesmo por captura da força inimiga
e levado a campo de concentração alemã.
Terminada a Guerra em 1945 O
Brasil veio a festejar a boa ocorrência, oportunidade em que clubes
de fotebol, terreiros de umbanda, igrejas evangélicas e Católicas, clubes sociais de grandiosas
festas familiares, bares, etc, etc
abriam as suas portas , para festejarem a vitória e o retorno dos soldados heróis.
Mas... a frustação fora evidente e dolorosa para muitos que não chegaram ao lugar de onde
partiram, ou seja, o cais do Porto do Rio.
O desembarque dos heróis
militares, fora muito mais festivo do que o embarque, com a volta de
seus heróis porém, muito mais triste ,
melancólico e terrivelmente infeliz para
aqueles que, da mesma forma, esperavam seus, também, heróis .
A Segunda Grande Guerra, iniciada em 1937
e terminada, com bravura pelo Brasil, em 1945,trouxera problemas em
demasia, não só para o nosso Brasil, como para os aliados e mesmo para os
litigantes, como a Alemanha e Japão.
No Brasil a ocorrência de tuberculose fora sistemática, pois grande
parte de nossos soldados, guerreiros, aqui
retornaram atingidos. Pelas ruas do Rio de janeiro era
uma constante se ver homens fardados e
maltrapilhos, doentes seriamente, dormindo
nas portas das Igrejas e de escolas, famintos ou mesmo embriagados e
drogados E no hospital
psiquiátrico do Exercito doentes
mentais superlotavam as dependências e
`áreas livres.
É evidente que a guerra , assim penso, mito contribuíra . de
alguma forma, para um pouco da sociologia nas crianças
de poucas idades, mas por outro lado, ainda penso que as notícias
veiculadas fornecidas pelo rádio, através do
jornalismo patrocinado pela
petrolífera ESSO ,na voz forte e
quase assustadora do jornalista Eron Domingues muito deixava algumas
crianças apavoradas pelas informações
que ocorriam sobre a guerra.
De minha parte, acabei me acostumando com o jeito pelo qual o comunicador apresentava as informações. E... quando o mesmo, com bastante alegria, entusiasmo e com a voz
embargada pelas prováveis lágrimas derramadas,
ao declarar que a guerra havia terminado, sua voz penetrou em minha alma
como o mais querido e desejado presente que, em meus sonhos de criança recebia, o fim do tormento da guerra que durou para o Brasil
longos e intermináveis quatro anos.
Daí para frente, ao passar dos
anos, a minha infância fora levada, conscientemente e satisfatória, porém sem
aquele medo natural, portanto, quanto ao episódio doloroso porque passei e
passaram todos.
Próximo de completar dezoito
anos de idade e desejoso desde muito
cedo em ser um militar como fora e são os que lutaram para a defesa do Brasil, me alistei voluntariamente na Força Aérea Brasileira, .em 04/03/1954,na
Base Aérea de Santa Cruz . Isto porque desejoso de ali prestar serviço ao lado dos heróis de guerra, pilotos dos
poderosos aviões de guerra , prefixo P-47, que muito sobrevoavam o espaço aéreo do bairro onde nasci e
residi.
Tais aviões, foram, ao retornar
ao Brasil, substituídos pelos primeiros aviões a jato, modelos F-7 e F8, de
fabricação inglesa , fabricados pela
Gloster Meteors, no ano de 1952/53 , num total de quarenta e duas
unidade , ficando cerca de 22 na Base
Aérea de Santa Cruz e outros, segundo notícias,
espalhados por outras unidades
militar.
O Grupo de aviação de caça ficava,
naquele tempo e ainda continua, ,no
Hangar da base Aérea , tendo
cerca de 200 metros de comprimento, 90
de altura e e cinquenta de largura, onde, também, está localizada as
oficinas de ambos esquadrões Tal Hangar fora ,anteriormente a segunda grande
guerra, construído pela Alemanha e ali guardado a aeronave grandiosa conhecida
como Zepellin de utilidade a ambos os
países- Brasil e Alemanha .
Para quem não conhecera o admirável Zepellin,
saibam que o mesmo voava não mais de 300/400 metros, impulsionado a gás e com velocidade muito
baixa. Com o início da guerra o governo
brasileiro tomou para sí , o grandioso
território (base do zepellin), instando ali, após o término da guerra, a
grandiosa Base Aérea da FAB, bem como o Primeiro Grupo de Aviação de
Caça, com seus dois Esquadrões, iniciando, primeiramente , a guarda dos aviões P-47, até a chegada dos iniciais jatos F7 e F8.
Lembro e ainda lamento, que ao ser incorporado na
vida militar pela FAB , tive uma certa
decepção pois tão somente duas ou três aeronaves heroicas ali estravam presente. Lamentei,
pois, muito desejava ver e assistir tais aeronaves levantar voo,
em formação de esquadrilha. Mas... tive
o prazer de sentar na cadeira de uma daquelas aeronaves e sonhar que ali estava pronto para uma batalha com aquela mesma máquina, que
ajudara a terminar o pesadelo da terrível guerra.
Nas dependências do primeiro
esquadrão , ali no Hangar , existia duas ou três salas destinadas as honras heroicas do combate aéreo na Europa, ou seja, fotos aéreo de combates com inimigos , fotos de ataque aéreo a territórios inimigos, pistolas 9mm da marca Luguer, fabricação alemã,
capacetes de soldados alemães e japoneses abatidos e fotos de pilotos brasileiros mortos em combates e em
redes de fios de altas voltagens .
Fora, muito proveitoso, admirável e inesquecível a minha presença e o trabalho ali executado, pois a disciplina militar, aceita
e empregada, servira como uma sociologia bastante útil e necessária ,para compreender , continuar vivendo honradamente e que a Pátria Amada é de fato e de direito o grandioso Brasil, pelo que a ela
haveremos de lutar para a manutenção da honra e da liberdade.
Em comentário jurídico e politico levado a
esta coluna, em data de 28/11/2011,sob o
título: “Um Brasil que ainda pode
caminhar pela dignidade humana” , relato
fatos pelos quais reconheço e confesso sentir que
as Forças Armadas, que hoje ai estão, caminham ao contrário do que honradamente e patrioticamente fora até o final da retirada da necessária, brilhante e vitoriosa ditadura militar de 1964.
Agradeço,
pois, pelo honrado e efetivo exercício militar prestado,
e que me conduzira e conduz honradamente, através da bela e perfeita
sociologia militar e cívica, pela qual todos os militares assim merecem admiração pela contumácia honestidade, respeito
e fidelidade ao Estado de Direito e a Constituição Federal. Ao contrário,
portanto de governantes e seus oficiais
que assim são indignos aos olhos da LEI
e do falso testemunho a que o Preâmbulo
da C.F. encerra, ou seja, fidelidade, e respeito , sob as benção de DEUS.
////paz////
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