Brasília, 28 de novembro de 2011
Um Brasil que ainda pode caminhar pela Dignidade
Humana
- Manifesto Consciente-
Na Grande História de nosso Brasil, processada e
registrada pelos grandes males ocorridos na vida política, ocorrências
desastrosas provocadas por governantes e por grupos diversos, como rebeliões,
guerras, excesso de poderes, corrupções, etc. surgiram e ainda surgem, como
fomentação de poderes autoritários, tiranos e outros, desprovidos, portanto, de
identidade legitima, inerente à natureza humana.
Levando em consideração, e assim por se entender, que
desde o nascimento da República vem o Brasil, sistematicamente, de forma
abusiva e inconstitucional, balançado por inquietações de grupos descontentes
com o regime estatal vigente, ou mesmo por interesses voltados a tirania para
satisfação de tentar colocar o Estado sob o domínio de suas sanhas indesejáveis
e desumanas, não se firmando, portanto, como uma democracia positiva e sim
diferentemente da Constituição Federal, pelo que está orientada e disciplinada
para o justo e perfeito ordenamento de políticas públicas e privadas.
É oportuno lembrar que este Brasil ainda não encontrou
a Paz para que o Estado possa dar e oferecer à Nação, e assim nem a graça de
uma segurança adequada, necessária e merecida.
A causa de assim ocorrer muito bem está demonstrada
pela falta de interesse legítimo dos governantes, a vista de que a única
capacidade de governar está dirigida para interesses próprios de vaidade e
estranhos ao território do poder verdadeiro do querer e de se manter, pela
doentia obsessão, de poder governar, de modo totalitário, porque, assim, se distinguirá orgulhoso de ter
as pessoas em suas próprias mãos, manobrando-as de maneira contrária aos
princípios da moralidade, através da prevaricação, levada, consequentemente,
por correntes corruptivas.
Necessariamente, também, para a devida ilustração do
apresentado e disposto na História Política, faço lembrar que desde o Período
Republicano de 1893 até os dias atuais, ou melhor, até 1978 vários movimentos
como: revoltas armadas, rebeliões, guerras, greve operaria, revoluções, etc.
surgiram no decorrer de cerca de 85 anos.
É surpreendente verificar que, em sua grande maioria,
tais ocorrências foram responsáveis pela morte de milhares de pessoas, assim
registrada:
A Revolta da Chibata, verificada em 1910, por exemplo,
na qual o marechal Hermes da Fonseca ordenou o bombardeio aos portos de Manaus
e de Salvador, fora responsável pelo assassinato de centenas de marinheiros e
pessoas e outros tanto expulsos e presos;
A Revolução Federalista de 1893/1895 teve ocorrências
sangrentas, pelas lutas armadas no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e Paraná, registrando cerca de doze mil mortos e tinha caráter
revanchismo aplicando, pois, ações de degolas.
A Guerra dos Canudos, 1896, como confronto entre o
Exército e um movimento de fundo religioso, em Canudos/Bahia, fez o Exercito
degolar mais de vinte e cinco mil presos, velhos, mulheres e crianças, como
execução sumária.
Outras ocorrências tenebrosas marcaram a certeza de
que o Brasil vive em eterno conflito, por exemplo: A Revolta da Vacina, de
1904; Guerra do Contestado, 1912; Sediação de Juazeiro, 1914; Greve Operária,
1917; Revolta dos 18 do Forte de Copacabana/RJ em 1927; outras, em numero de
três, na Era Vargas; Levante Integralista, 1938; Guerrilha do Caparaó, 1967; e
do Araguaia 1967/1974, como consequência do Episódio de 1964 –pela ditadura
militar.
Todos os atos e ações necessários à vida nacional
muito bem estão definidos, democraticamente, na CF como natural de uma
democracia positiva, civilizada e competente, não sendo admitido motivação
pessoal de se fazer cumprir algo que venha a dar interpretações novas ou
diversas, do que está determinado, sob pena de gerar uma inconstitucionalidade
e abrir caminhos para subversão e autoritarismo e, porque não dizer:
descontentamento e infelicidade do povo, levado e gerado por governos alheios
ao bem estar da Nação.
Inúmeras ocorrências, pelo que algumas em nada
possuíam de sentido político democrático e sim de autoritarismo, exercido ou
pretendido, marcaram a minha atenção, para que, após alguns anos decorridos,
fossem compreendidas como extravagantes, hipócritas, autoritárias e desumanas.
Penso de tal maneira, por entender e verificar, que em
nada de bom ou de melhor, ou mesmo conveniente, nenhum desses movimentos
apresentaram, ou mesmo possam vir a apresentar, um modelo perfeito de
democracia, simplesmente por que os “litigantes” não estavam voltados ou mesmo
preparados, como muito bem acontece, para uma política positiva e sim para os
seus íntimos delírios de ignorância e de autoritarismo, como salientei
anteriormente.
Talvez, assim penso, e acredito no que penso, que tais
barbaridades desumanas, possam, por outro lado, ainda servirem como recursos e
postas em prática, para em qualquer tempo e lugar, satisfazerem aos instintos
desumanos e diabólicos de um poder, ou poderes, que pela total incapacidade de
não saber governar uma Nação vem usar, covardemente, armas de destruição.
Em assim sendo, fatos verificados, não só por todos os
movimentos que surgiram ao longo do tempo, entre os quais é de suma importância
fazer lembrar os de 1955, pelo que merecem ser conhecidos, pela tragédia
monstruosa e desumana, com que fora previsto o “golpe” tentado pelo presidente
interino da República, Carlos Luz, e alguns aliados militares e Civis, para
impedir que Juscelino Kubitschek, tomasse posse com presidente eleito.
Teria, realmente, sido uma grandiosa ocorrência,
monstruosa e desumana, tal quais as verificadas e relacionadas acima, ou ainda,
piores, caso o brilhante herói de guerra, major Renato Goulart Pereira, piloto
líder do Segundo Esquadrão de Caça, do Primeiro Grupo de Aviação, da Base Aérea
de Santa Cruz, do Rio de Janeiro, tivesse obedecido às ordens de Carlos Luz
para que bombardeasse o Estado de São Paulo com os seus 18 aviões a jato F8, da
Gloster Meteor.
Não obedecendo ao seu superior, brigadeiro e
presidente interino da República, declarando ao mesmo, sob pena de ser preso,
que “Não jogaria bombas em brasileiros”, fora, consequentemente, colocado na
reserva (aposentado) e levado, obrigatoriamente, ao posto de coronel,
interrompendo, pois, toda uma carreira de luta e de glória e não alcançando,
assim, a maior altura de sua trajetória militar, como sempre alcançou nas
alturas dos céus territoriais do Brasil, da Europa e de outros continentes.
Tive a grande satisfação e honra de conhecê-lo, quando
prestava serviço militar na Base Aérea de Santa Cruz, em 1954, no mesmo
Esquadrão de Caça, ou seja, Segundo do Primeiro Grupo de Aviação, onde o
referido herói era piloto líder do grupo.
Por ser jogador de basquete, ou tentava assim ser,
fizemos uma relativa amizade, não só pelos treinos, como por algumas lições,
visto ser ele um bom profissional, inclusive sobre fatos revelados e ações
militares exercidas durante a guerra.
A convivência com o major Goulart, como aos demais
oficiais aviadores que lutaram na segunda grande Guerra e com relação aos mais
novos que integravam as esquadrilhas de caça a jato F7 e F8, não durou mais que
dois anos, pois em 1956 fui mandado servir na Segurança do Hospital Central da
Aeronáutica. No Rio de Janeiro. E, em
1958, passei para a reserva.
Mas a minha ligação com o referido amigo e superior
terminara em 1955, quando o mesmo fora, segundo comentários, preso por não
querer matar brasileiros.
Lembro, todavia, que em outubro ou novembro de 1955,,
na Base Aérea de Santa Cruz /RJ ao ser informado de que o major Goulart estava
na quadra de esportes ali me dirigi, na esperança de fazermos treinos.
Sentado a mesa da quadra, vestido de uniforme e não de
roupa de esporte, ao cumprimenta-lo declarou: “Garoto, gosto muito de você e
muito queria vê-lo habitado como aviador civil. Não me pergunte nada e saiba
que não jogo bombas em brasileiros.” E em seguida levantando- prestou-me uma
rigorosa continência, antes de assim fazê-la, como dever, e caminhando
silenciosamente seguiu em direção ao prédio de seu Comando.
Fiquei, confesso preocupado e senti que o amigo e
superior oficial poderia estaria passando por problemas pessoais ou mesmo por
momento de inquietação, causado talvez, pelos abalos da guerra, como acontecera
com um outro combatente amigo seu.
Desde aquele dia não tive noticias do mesmo.
Comentários eram de que havia sido preso por desrespeitar ordem superior.
As dúvidas e incertezas sobre o porquê de que não
mataria brasileiros, permaneceram por alguns anos e só me foram reveladas,
casualmente, após o seu falecimento em 2007, aos oitenta e quatro anos de
idade.
Naquele ano de 1955 o Brasil estava passando por uma
agitação política, tenebrosa por conflitos, advindas por sequelas como herança do
fascismo e do comunismo da Era Vargas.
Antes, durante e após a eleição presidencial (1995)
todas as unidades militares entraram em rigoroso estado de prontidão e na Base
Aérea de Santa Cruz as poderosas esquadrilhas F8 estavam devidamente
abastecidas e prontas para a defesa daquele território, visto que a intenção do
general Lott – ministro do Exercito, com o apoio maciço do PSD, era invadi-la,
para assegurar a posse do presidente eleito que estava, por conspiração, sendo
impedida.
Pela bravura do major Renato Goulart, portanto, de não
obedecer aos comandos da presidência, a Base Aérea abriu seus portões e o
espaço aéreo e a normalidade entre o Exercito e a Aeronáutica servira, pelo movimento militar, como satisfatória para
que O Congresso Nacional decretasse o impeachment de Carlos Luz, em 11/11/1955.
Em toda a História de nossa República nenhum
presidente, seja interino no cargo ou pela posse legal, esteve no poder por
quatro dias tão somente, como Carlos Luz que ao assumir no dia 8 fora deposto
no dia 11.
Em janeiro de 1963, já residindo em Brasília e
pertencendo a Policia Federal, ao embarcar no avião com destino ao Rio de
Janeiro, ouvi um assobio que me parecia familiar e do alto da escada, a uns 50
metros de distancia, naquele pátio, um homem me acenava levando suas mãos em
seu peito, como que me dizer: gosto de você ou foi bom te ver.
Para a minha grande e feliz surpresa era o grande e
poderoso herói de Guerra, coronel aviador Renato Goulart Pereira e “salvador”
de um atentado sangrento contra a população do Estado de São Paulo, cogitado
pela presidência da República de 1955.
Fiquei, evidentemente, emocionado por vê-lo após longos
oito anos. E, do alto da escada, prestei-lhe a minha honrada continência, ao
que respondeu da mesma maneira, como honra e agradecimento, como sempre dissera
ser, uma grandiosa honra.
Entrei no avião, emocionado de alegria e já sentado,
da janela, o vi caminhar em direção a uma aeronave particular de pequeno porte.
Fechei os olhos e meu pensamento fora levado pela recordação feliz de meus
momentos vividos na poderosa Base Aérea, seja pelo trabalho e dever do dever,
seja pela grata satisfação de ter, naquele herói, o Herói vivo de minha
adolescência.
No momento da decolagem, com seus motores
impulsionados para o voo, senti e recordei o dia em que, a convite do referido
major Goulart, voei com ele no poderoso jato, F7 - 4427, alcançando alturas
jamais imagináveis e sentido a grande sensação de um mergulho violento, sobre a
Restinga da Marambaia, próprio de um combate ao inimigo ou a alvo pretendido.
Outro herói, ou seja, o capitão paraquedista de nome
Sergio, conhecido como “macaco”, do Grupamento de Operações Táticas – PARASAR
da mesma forma como procedera o coronel Goulart , de não acatar as mesmas
ordens de Carlos Luz para que bombardeasse “O Gasômetro” do Rio de Janeiro ,
merece de nossa parte profundos e sinceros agradecimentos, não só pela não
ocorrência de tragédias queridas por monstros obcecados pela maldade do querer
do poder, como, também, por serem , ambos militares e dignos de suas próprias
existência humana.
Ao contrário, portanto, das atitudes tomadas pelos
valorosos oficiais brasileiros, na tentativa de golpe de 1955, os EUA durante a
guerra, impiedosamente e dolosamente, usou de sua força aérea para bombardear
Nagasaki e Yrochima/ Japão, através da poderosa “Bomba Atômica” exterminando,
pois, milhares de vidas humanas.
Os efeitos causados pela arma mortal do “Tio Sam” até
hoje perduram através de sequelas e de surgimento de outros males
degenerativos, naquele território e de sua periferia.
Nossos governos Civis devem entender que as nossas
Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) são a glória de um país
verdadeiramente democrático. E, que, só na vigência de uma democracia legitima
e positiva heróis surgem, como forma de
defendê-la e honrá-la como obrigação patriótica e natural de portadores de
mentes sadias e honradas sob a proteção
de Deus.
E a democracia que hoje se diz existente, mas não
obedecida nos termos da C.F .não está sendo levado a sério e sim usada como “escudo”
para abusos e proveitos próprios auferidos pela
corrupção sistemática e progressiva, levando, assim, o país ao temor de um colapso institucional,
politico, jurídico e financeiro. .
No mesmo sentido, direção e posicionamento, ainda
penso que a bravura desses Heróis, (piloto da FAB e oficial paraquedista),
vieram, portanto, enaltecer de glórias nossas Forças Armadas, pelo “dever
patriota”, próprio de seus respeitáveis integrantes e mostrar, pela disciplina
moral , que o Estado assim deve ser protegido, para a glória, também, de nossa
Constituição Federal, jurada e proclamada “sob a proteção de Deus”.
Desprezá-las de
modo estratégico, fingindo dar-lhes o valor devido é sucateá-la, como forma de
enfraquecer o Estado, pois em todos os governos, inclusive os socialistas, como
a Rússia e os demais países da Ex-Cortina de Ferro, foram e são representados
pelas suas poderosas armas.
Mas... Voltado ao pensamento, pelo manifesto
apresentado, aos princípios da legalidade e não fazendo críticas, sobre
qualquer aspecto deste ou de outro qualquer governo, devo dizer que, enquanto
perdurar a permanência de um Civil no Comando do Ministério da Defesa o nosso
Brasil caminhará desvalorizado como
verdadeiro Estado de Direito e militarmente,
como já se avizinha, pela inércia consciente do próprio governo, provocada,
pois, pela propositura de uma Comissão da Verdade que, como está objetivada e
endereçada pode trazer, inegavelmente, ao Brasil, momentos de inquietação e
novos holocaustos.
Ora a Presidência da República tem merecidamente, a
Honra de ser, pela Constituição Federal - e não por simples indicação de Associações ou
de grupos solidários - o Chefe Supremo
das Forças Armadas.
Logo, como tal, há que proporcionar-lhes sustentação
adequada, eficiente e valorosa através de comandos próprios, preparados,
adequadamente, durante vários anos, exclusivamente, para os fins militares e
para a defesa da soberania nacional e territorial.
Há males que, pela sua natureza ou mesmo por deixarem
sequelas de ódios, vem, necessariamente, como interesses dos inconformados,
provocar revanchismos sangrentos e catastróficos.
O caso que mais causou e ainda causa repugnância, diz
respeito aos acontecimentos verificados em nosso território como a Revolução
Federalista (1893 a 1895), que pela guerra civil estabelecida, em luta armada
nas regiões do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, fora usado como
recurso, pelo poder, devido à incapacidade das forças em combate, a execução
sumaria da degola e da castração, pelo que, ainda, as vitimas, durante as
maneiras de torturas, eram levadas a espetáculos de euforias, gozos e zombarias.
Devemos recordar que a todo esse estado de barbarismo
causado pelos movimentos anteriores nenhum deles fora submetido, após seus
efeitos, a qualquer espécie de comissão da verdade.
Penso que o nascimento de tal Comissão, embora não
sustentável da maneira como irá proceder, eis que o objetivo é nominar
possíveis autores de torturas e leva-los a julgamento, causará, evidentemente,
descontentamento, pelo possível inverso da medalha, eis que, no campo
processual, ninguém pode ser processado sem defesa prévia, e esta,
provavelmente, apresentará provas de que o lado rebelde e acusatório, fora o
que primeiramente dera início a atentados e crimes identificados, e, como tal,
pela decência e norma jurídica, todos, se for o caso, deverão ser julgados pelos
crimes, também, cometidos.
Mas... Como tudo é possível na terra do nunca e
verificando, com certeza, de que o STF de hoje, algumas vezes e oportunidades
procura a contramão da verdade jurídica, em criar e aceitar meios outros e
contrários ao Dever Constitucional, não se podendo acreditar, portanto, que
através do poder que ostenta como guardião da CF, vá usar e abusar de tal
liberalidade constitucional para satisfação aos interesses estranhos do
Executivo.
Sabemos que o governo atual herdou dos anteriores
grandes e gravíssimos problemas, pelo que, em muito, a corrupção se faz
presente e que deverá (por inercia e ociosidade) alcançar futuros governos.
Não é fácil governar um Estado que tem na sua História
problemas de longa duração, principalmente quando a máquina administrativa do
Estado (federal, estadual e municipal) pela sua complexidade é levada, de
acordo com o modelo atual, pela fragilidade de um controle “descontrolado” e de
não oferecer, assim, uma efetiva segurança.
/////paz/////
Obs.: “A quem interessar ou nada saber sobre a “Operação Senta Pua”, que representa a Historia da Força Aérea Brasileira, na Segunda Guerra Mundial, poderá conhecê-la no site do mesmo nome: Senta Pua”. Obrigado, o autor.
Obs.: “A quem interessar ou nada saber sobre a “Operação Senta Pua”, que representa a Historia da Força Aérea Brasileira, na Segunda Guerra Mundial, poderá conhecê-la no site do mesmo nome: Senta Pua”. Obrigado, o autor.
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