SEGURANÇA NÃO É TOLERÂNCIA
Evandro de A. Bastos
Ao finalizar o
ano de 2009, venho agradecer, não só aos senhores eleitores que brilhantemente
estiveram presentes nas páginas da coluna Opinião, como aos meus mais caros
colegas e amigos, correspondentes, jornalistas e colunistas e, ainda, ao
querido André Barreto, gerente deste grande trabalho, representado brilhantemente
pelo VOTEBRASIL.
Temos,
evidentemente, todos nós, grande satisfação e orgulho, e porque não dizer... vaidade,
em fazer e tornar este site um grandioso
instrumento jornalístico, onde a
livre expressão e a liberdade de pensamentos são, portanto, conduzidas por grandes
e poderosos respeitos ao produto
final, ou seja, à população e ao poder constituído.
Ao me tornar parte
neste site assim o fiz por reconhecer, nas pessoas que a ele integram,
possuidoras de personalidades positivas e merecedoras de minha presença por não
ter, no passado e no presente, qualquer fato que desabone a minha conduta. Oferecendo-me, por outro lado, entusiasmo para
a feitura e publicação de meu primeiro livro.
A seguir apresento
como o último trabalho do ano que se encerra, a matéria assim disposta:
Na Coluna
Opinião, do dia 04 do corrente, sob o titulo: De futebol, política e segurança
todos entendem dissera, dentre outras coisas, que “A Segurança Publica só
funcionará quando os grandes “entendidos” deixarem espaços e sumirem para que a
vontade de combater seja livre aos que se entregam, sem medo, ao combate “corpo
a corpo” e que não almejem vantagens em cargos públicos.”
Como todo
cidadão e, ainda, por ter participado ativamente, durante longos anos como autoridade
policial preventiva e judiciária, seja no âmbito federal e internacional, tenho
enorme preocupação com a grande invasão, em nosso território, do contrabando de
armas e todos os tipos de drogas e, naturalmente, quanto a proliferação, em
escala geométrica, de todos os tipos de crimes.
Em vários
comentários tenho, não me custa repeti-los, dito, como todos tem conhecimento de
que a ociosidade e a prevaricação das
autoridades competentes com relação a
não possuírem capacidade ou poder legítimo quanto a tomada de decisões, leva o
Brasil a ser representado como carrasco
da livre liberdade do povo.
E em falando
em liberdade a reconheço como estado livre, eis que toda liberdade é, por
natureza, livre. E como livre há que se apresentar e representar pela segurança.
Segurança não
é tolerância e tal expressão deverá ser o porta-voz da população face a sua
intranqüilidade de “ir e vir” que como direito consagrado na CF deixou de
existir por temer ao estado de calamidade patrocinado pela livre criminalidade.
Tudo o que
está sendo feito para, segundo o governo, se tentar resolver pela segurança,
tem sido inútil. Se de um lado a criminalidade avança consideravelmente, do
outro os “doutores em estratégias de segurança” se somam aos incompetentes em
seus pomposos cargos.
A
criminalidade, hoje, está muito bem capacitada para o cometimento e
enfrentamentos de ações criminosas. Há noticias de que a infiltração de “outros
doutores em segurança”, inclusive poderosos e destemidos pistoleiros estão presentes
nas diversas facções criminosas.
A medida
tomada pelo governo do Rio de Janeiro em “pacificar favelas”, através da guarda
da policia militar, poderá dar início a ocorrências desagradáveis para a
população que ali vive e reside.
Não creio,
embora como carioca, que a bandidagem vá ficar calada fase a sua expulsão dos
territórios que são considerados estratégicos para a fome de suas ações
criminosas.
Na data de
ontem, no site do Terra, li uma
interessante matéria, pela qual, como escritor que sou, a admirei pela maneira de se apresentar
comovente, ao misturar o valor considerado da vacina contra a poliomielite , pela erradicação da
doença, em comparação com o tráfico de drogas, também como doença, segundo o
autor da mesma matéria.
Trata-se,
pois, da autoria de delegado da PF, coordenador-geral de policia de repressão a
entorpecentes que ilustra o seu belo relatório com o título: “Tráfico não pode
ser eliminado”.
Reconheço que
o assunto por ele manifestado em nada apresenta diferentemente dos assuntos
tratados em congressos e reuniões estaduais e federal, quanto a um modelo de soluções
práticas de segurança pública.
Há, em sua
manifestação, reconheço como valiosa, do ponto de vista informativo, subsídios
importantes como estatísticas e de comparações com outros estados estrangeiros,
quanto ao não alcance de se evitar, efetivamente, o avanço do tráfico de
drogas.
Em várias
oportunidades manifestei o não reconhecimento da pena de morte. Todavia, como melhor
e única alternativa, vejo na prisão perpétua a mais viável maneira de se
estabelecer condições, com prováveis e oportunos resultados, quanto aos crimes
definidos como: trafico de armas, de drogas, cárcere privado, roubo seguido de
morte, assaltos a bancos, estupros e pedofilia.
Penso, de
acordo com a minha consciência que muito embora possa a prisão perpétua
apresentar o fim da liberdade do condenado, esta, porém, deve ser gerenciada de
forma ou diferenciada da que vem ocorrendo, comumente, nos países onde tal pena
é exercida, ou seja, sem a liberdade de exercer trabalhos dignos dentro do
respectivo presídio.
Não penso como
o autor da matéria acima, pois penso, e acredito no que penso, que há, sim,
outras maneiras de, se não acabar de vez com tais criminalidades muito poderá
contribuir para amenizar esse estado de inquietação.
Não devemos nos
acomodar diante de trágicos episódios e ocorrências nocivas e fazer com que a
nossa razão (nossos cérebros) nos apresentem, se não soluções, mas alternativas
válidas, considerando ser o tráfico de drogas, não só uma tragédia regional,
mas sim um angustiante acontecimento internacional
Reconheço, no
momento, que a globalização dos poderes de todos os países, ou de uma grande
maioria, poderá, se bem planejada na questão das mudanças climáticas, é
essencialmente, a dominação – geral da
inclusão da prisão perpétua para os
crimes já salientados e que até hoje permanecem latente por não se ter uma política internacional, válida, voltada
para a paz e para a tão necessária liberdade.
Segurança não
é TOLERÂNCIA..
Brasília, DF.,
27/12/2009.
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