segunda-feira, 20 de março de 2017

O SOL, A LUA, A TERRA , O VENTO E EU Do autor Evandro de Andrade Bastos -18/O3/2017- Quando menino, durante as luas cheias ao amanhecer da Terra ao despontar do sol sempre fui impulsionado, pela maneira de me sentar no banco do jardim de minha casa, onde nasci, sob a felicidade do amor e da união de meus genitores. Fora, numa segunda-feira, dia 8 de fevereiro, segundo dia de carnaval . O Rio de Janeiro havia sofrido uma tenebrosa tempestade em todo o seu território carioca, pelo que a nossa residência, num bairro distante do grande centro, fora invadida pelas aguas da chuva, causando transtornos á minha doce mãe , que em seu leito me trazia à vida. Meu pai, policial , motorista e motociclista da guarda presidencial de Getúlio Vargas, aquelas horas - (22.35) - deveria estar em Petrópolis , no palácio presidencial, a serviço do grandioso chefe do Poder Executivo, o qual tive, ainda quando criança, o prazer de conhece-lo e de ter mantido , se não uma estreita amizade, mas grande satisfação em ouvir falar com o agradável sotaque gaúcho. O ano de 1937, em que nasci fora , sensivelmente, triste , agitado politicamente, seja pelo ofício natural da politica brasileira e para população, eis que nesse ano a Alemanha de Adolph Hittler havia declarado a segunda Guerra Mundial. No dia seguinte ao meu nascimento, pela manhã, a nossa casa já libertada das aguas que a inundara fora por minha avo materna, totalmente limpa, oportunidade em que meus irmãos - irmão e irmã - ainda crianças foram ao quarto me conhecer. O Sol, segundo minha avo estava para surgir e fui levado ao jardim onde com grandiosa alegria ví o sol despontar , clareando todo o espaço e tornando as folhas das arvores e flores iluminadas com o cristal pelas gotas de agua, ainda, nelas existentes . Nuvens coloridas, formadas por belos desenhos multicores, que a Santa Natureza revela , traziam em sí, a magia da vida , mesmo sofrida pelas noites de tormentas ocorridas na madrugada do dia anterior, como da mesma forma pelo inicio doloroso da guerra mundial. Não sei, o que me levou a sorri e a me sacudir , no colo de minha mãe, ao ver o dia nascer e todo aquele teatro de beleza , enfeitado como um altar Celestial , com o santo agasalho de Deus a proteger toda a Humanidade, à vista da catástrofe do inicio de uma grandiosa guerra , da qual, mais tarde, em 1941, o Brasil se juntara às Nações aliadas contra a Velha Alemanha. Assim ,penso e acredito no que penso, que aquele momento em que pude ver a luz do dia, voltado meus olhinhos verdes ao céu e ao espetáculo que, por natureza nunca surge como repetido , e, sim de formas variadas e muito mais exuberantes, fora, sem dúvidas, visto e assistido por mim , como ainda recém nascido, fixado nas memorias de meu cérebro, como prêmio da Natureza e blindado pela Santa maternidade. Logo, quando posso ou desejo volto ao jardim ,não da casa paterna, pois ela não mais existe, mas sim a que é o lar matrimonial , revelado e estabelecido pela união de minha esposa e filhas E, assim, da mesma forma quanto ao despertar do sol, vou sempre, quando das noites de lua cheia, seja em nosso jardim ou outro lugar ,como nos campos ou litoral, ver e sentir a luz , respectivamente, em meu corpo, em todo o espaço do campo e das montanhas, o barulho inquietante, mas sempre agradável e sonoro das ondas do mar, iluminadas como luzes horizontais e prateadas que , pelo vai e vem sobre a areia da praia, retornam ao mar para logo em seguida repetir , e repetir , o que a brisa do vento tem a oferecer. //////////////////////////////////

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